> Bons tempos da KODAK



Foi a melhor empresa que já trabalhei. Além dos ótimos salários diretos e indiretos, e também dos cursos nacionais e internacionais que me foram ministrados, eu tinha uma retaguarda técnica e administrativa excepcional.

Foi na KODAK que dei o real valor a palavra planejamento, tudo era planejado com dois anos de antecedência com margem de erro mínima.

Mas houve uma crise muito séria da prata no México, onde obrigou a KODAK no mundo inteiro a reduzir seu quadro de funcionários. Senão tivesse essa crise eu ficaria lá até a chegada da aposentadoria.

O engraçado é que meu gerente Dimas Azevedo recebeu a ordem da matriz, que os funcionários que tivessem menos tempo de casa fossem dispensados. Eu tinha sete anos, enquanto meus colegas Paulo e Rubens, tinham mais que o dobro!

Na hora da demissão a emoção tomou conta de todos, principalmente do meu gerente e dos meus companheiros de trabalho, onde parecia que eles também estavam sendo demitidos.

A KODAK foi tão respeitosa comigo que dobraram meu FGTS e me pagaram seis meses de salários até que eu arrumasse outra colocação no mercado.

Fui um privilegiado de ter passado um período da minha vida em uma empresa com grau de excelência tão elevado.